Na verdade,
nosso nome é Mor, do latim Morus nigra, uma árvore do Oriente Médio,
um tipo de amoreira. Se o papai te contou que descendíamos de navegadores
portugueses, não te surpreenderás com o que vou dizer agora: descendemos de Bastião
De Moura, o maior navegador
português da virada do século XV para o XVI, em cujo navio (seu), o
Esperança, ele fugiu da Inquisição com a família, indo para Honfleur, França,
porto da Normandia. Bastião foi o comandante do Espoir (afrancesamento de Esperança)
d'Honfleur, o primeiro navio sob bandeira francesa a chegar à Índia, em
1505.
|
|
O pai dele, João De Moura, foi o mais exuberante
navegador português de meados do século XV. Foi quem fixou nos mapas as rotas
lusitanas pela África. Vasco da Gama valeu-se dos mapas feitos por esse nosso
ancestral para contornar a África.
Agora, vai uma
informação que te surpreenderá, com certeza, pois não a passei para nenhum dos
nossos irmãos: os Mor/Moura eram
portugueses desde o século XII, pois lutaram no exército que criou Portugal no
século XIII e, por isso, ganharam uma cidade como prêmio do primeiro rei de
Portugal. Entretanto, . . . não eram cristãos: eram judeus. Eram judeus de uma
família de navegadores do Mediterrâneo, de desde os tempos do Império Romano.
Levei anos pesquisando isso.
Busquei nossos
parentes que fugiram da Inquisição e foram para Amsterdã, Holanda. São nossos
parentes: os Mor da Holanda; os More do Reino Unido, dos EUA, da Austrália, da
Nova Zelândia e do Canadá; os Mora da Espanha, os Moura de Alexandria, do Egito - que desde 1952 mudaram-se para
Israel.
Por hoje é só. Os Mor
eram israelitas da tribo de Judá, do local onde hoje fica a Jordânia. E, por
tradição, fomos preponderantemente navegadores e cartógrafos, até o século
XVIII. Portanto, Moura, nosso nome,
não tem nada a ver com Mouro. Nada mesmo.
Em tempo: o atual
cônsul de Israel em S. Paulo é da família Mor, descendente de um herói da
formação do atual Estado de Israel.
Emiliano Moura
Nenhum comentário:
Postar um comentário