sábado, 18 de agosto de 2012

Henrique Alves: “O tempo dirá quem vai assumir a carapuça dessa deslealdade”


O deputado federal Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara dos Deputados e presidente da legenda no Rio Grande do Norte, afirmou ser um fato grave a destituição do deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza da presidência estadual do PTB. Segundo ele, “foi um desrespeito de um cidadão que não é Norte-rio-grandense e que agrediu a classe política do RN”, afirmou o parlamentar, em relação ao secretário Benito Gama.
Em entrevista esta manhã ao Jornal de Hoje, Henrique Alves comentou: “Sei que é uma questão interna do PTB, mas esse episódio extrapolou essas fronteiras quando se impõe ao tradicional PTB do Brasil e do nosso Estado uma presidência de um sujeito da Bahia que ninguém sabe quem é, e nem a que veio, em detrimento de uma liderança tradicional e respeitada como o deputado Ezequiel. O tempo dirá quem vai assumir a carapuça dessa deslealdade com o deputado Ezequiel e com o legítimo PTB do Rio Grande do Norte”, declarou Henrique.
O Diretório Nacional do PTB, sob a presidência interina do secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte, Benito Gama, destituiu Ezequiel alegando o descumprimento de um acordo para a sucessão em Mossoró, onde havia um compromisso de o diretório municipal do partido apoiar a eleição da candidata do DEM, Claudia Regina. Segundo Ezequiel, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) foram levados por Benito ao presidente nacional da sigla, ex-deputado federal Roberto Jefferson, para fechar o acordo do PTB mossoroense. O acordo, porém, não pôde ser cumprido, segundo Ezequiel, porque a maioria do diretório do PTB na Capital do Oeste optou por uma aliança com a candidata adversária, Larissa Rosado (PSB), o que teria gerado a destituição de Ezequiel como retaliação.
Indagado sobre a participação da governadora Rosalba Ciarlini no episódio, o deputado Henrique disse preferir não acreditar porque seria da mais alta gravidade. “Não acredito e não quero acreditar. Falei ontem com a governadora sobre outros assuntos e tratei deste e ela me afirmou que não sabia nem participou desse episódio. Seria muito grave se tivesse a participação de lideranças do governo nesse processo tão mesquinho e tão desastroso. O PMDB, como todos os outros partidos, estão solidários à legitimidade da luta do deputado Ezequiel”, afirmou o peemedebista.
Para Henrique, o episódio trouxe desgaste à relação do PMDB com o secretário de Desenvolvimento, mas a governadora está separada, até prova em contrário da participação da gestora na destituição. “Eu não nego que agasta muito as nossas relações pessoais com o Dr. Benito, mas nós separamos a ação da governadora Rosalba, porque, conhecendo o seu caráter e a sua conduta, não podemos agir diferente, até prova em contrário”, afirmou Henrique.
Henrique lembra ainda “Eram entre grupos que assumiam momentamente. Entre lideranças legitimas do RN. Dr. Benito não faz política nem conhece a política do RN. É uma intromissão onde não é sua seara e nem será”, disse o peemedebista.
O parlamentar disse ainda que o ato de destituição de Ezequiel constitui, além de deslealdade, violência. “O diretório do PTB está constituído até 2015, portanto, além de deslealdade, foi violência que certamente terá consequências, a disputa legal pelo partido. Esse é um campo de disputa interna corporis que vamos respeitar. Nós estamos só apreciando o fato político que, foi grave, envolvendo a classe política do RN”.
Fonte: Jornal de Hoje

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