O deputado federal
Henrique Eduardo Alves, líder do PMDB na Câmara dos Deputados e presidente da
legenda no Rio Grande do Norte, afirmou ser um fato grave a destituição do
deputado estadual Ezequiel Ferreira de Souza da presidência estadual do PTB.
Segundo ele, “foi um desrespeito de um cidadão que não é Norte-rio-grandense e
que agrediu a classe política do RN”, afirmou o parlamentar, em relação ao
secretário Benito Gama.
Em entrevista esta
manhã ao Jornal de Hoje, Henrique Alves comentou: “Sei que é uma questão
interna do PTB, mas esse episódio extrapolou essas fronteiras quando se impõe
ao tradicional PTB do Brasil e do nosso Estado uma presidência de um sujeito da
Bahia que ninguém sabe quem é, e nem a que veio, em detrimento de uma liderança
tradicional e respeitada como o deputado Ezequiel. O tempo dirá quem vai
assumir a carapuça dessa deslealdade com o deputado Ezequiel e com o legítimo
PTB do Rio Grande do Norte”, declarou Henrique.
O Diretório Nacional
do PTB, sob a presidência interina do secretário de Desenvolvimento Econômico
do Rio Grande do Norte, Benito Gama, destituiu Ezequiel alegando o
descumprimento de um acordo para a sucessão em Mossoró, onde havia um
compromisso de o diretório municipal do partido apoiar a eleição da candidata
do DEM, Claudia Regina. Segundo Ezequiel, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM)
e o ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado (DEM) foram levados por Benito
ao presidente nacional da sigla, ex-deputado federal Roberto Jefferson, para
fechar o acordo do PTB mossoroense. O acordo, porém, não pôde ser cumprido,
segundo Ezequiel, porque a maioria do diretório do PTB na Capital do Oeste
optou por uma aliança com a candidata adversária, Larissa Rosado (PSB), o que
teria gerado a destituição de Ezequiel como retaliação.
Indagado sobre a
participação da governadora Rosalba Ciarlini no episódio, o deputado Henrique
disse preferir não acreditar porque seria da mais alta gravidade. “Não acredito
e não quero acreditar. Falei ontem com a governadora sobre outros assuntos e
tratei deste e ela me afirmou que não sabia nem participou desse episódio.
Seria muito grave se tivesse a participação de lideranças do governo nesse
processo tão mesquinho e tão desastroso. O PMDB, como todos os outros partidos,
estão solidários à legitimidade da luta do deputado Ezequiel”, afirmou o
peemedebista.
Para Henrique, o
episódio trouxe desgaste à relação do PMDB com o secretário de Desenvolvimento,
mas a governadora está separada, até prova em contrário da participação da
gestora na destituição. “Eu não nego que agasta muito as nossas relações
pessoais com o Dr. Benito, mas nós separamos a ação da governadora Rosalba,
porque, conhecendo o seu caráter e a sua conduta, não podemos agir diferente,
até prova em contrário”, afirmou Henrique.
Henrique lembra ainda
“Eram entre grupos que assumiam momentamente. Entre lideranças legitimas do RN.
Dr. Benito não faz política nem conhece a política do RN. É uma intromissão
onde não é sua seara e nem será”, disse o peemedebista.
O parlamentar disse
ainda que o ato de destituição de Ezequiel constitui, além de deslealdade,
violência. “O diretório do PTB está constituído até 2015, portanto, além de
deslealdade, foi violência que certamente terá consequências, a disputa legal
pelo partido. Esse é um campo de disputa interna corporis que vamos respeitar.
Nós estamos só apreciando o fato político que, foi grave, envolvendo a classe
política do RN”.
Fonte: Jornal de Hoje
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