sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sindicatos da Lavoura se reúnem com Fetarn em Natal



Nesta quarta-feira, uma equipe formada por representantes dos Sindicatos da Lavoura do pólo Assu/Mossoró deverá ir a Natal para uma reunião na Federação dos Trabalhadores em Agricultura do Rio Grande do Norte (FETARN). A pauta foi a urgência no recebimento dos créditos emergenciais disponibilizados pelo Governo Federal desde abril, mas que até agora apenas 15% dos agricultores receberam.
De acordo com Francisco Gomes, presidente do Sindicato da Lavoura de Mossoró, o problema é a burocracia. “Nesse período de estiagem, um programa com o nome de emergencial com tanta burocracia, não adianta. O agricultor precisa que seja liberado com urgência.
Quem é assentado e não recursos, a Emater está agendando visitas às comunidades para adiantar o processo burocrático, mas de acordo com Francisco Gomes, as equipes são insuficientes para atender à demanda. “Uma comunidade como a Maisa não tem como fazer tudo em um só dia”, afirmou.
Além disso, ainda tem aqueles agricultores que não moram há mais de um ano em assentamentos e que não estão na Relação de Beneficiários (RB), que é emitida pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Esses também ficam de fora dos benefícios. “Se a família mora no assentamento, desde o momento que entra, já deve ser regularizado, mas não é o que é feito”, continuou Francisco.
Outro problema que vem sendo enfrentado pelos agricultores é com relação ao benefício Garantia Safra, que já está sendo pago desde o dia 17 de agosto, em parcelas de R$ 136,00, mas não a quantidade de famílias que necessitam. “A cota de Mossoró é de duas mil vagas, mas temos em torno de sete mil agricultores chefes de família. Além disso, dessas duas mil, apenas 60% passaram na seleção, que é extremamente burocrática”, disse o presidente do Sindicato da Lavoura.
A expectativa é de que nesta reunião seja resolvida de imediato a questão do crédito emergencial. “Esperamos que haja uma ação imediata dos governos, tem que ter a participação de todos os governos”, continuou.
Francisco Gomes se referiu à Prefeitura, pois segundo ele, a Prefeitura tem abastecido algumas comunidades com carros-pipa. “Temos mais de três mil cisternas nas comunidades rurais de Mossoró, mas é insuficiente, é preciso que essas cisternas sejam reabastecidas, pois a situação do homem do campo não é fácil. Um carro-pipa custa R$ 120,00”, concluiu.

Fonte: gazeta do oeste

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