sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Mais do que uma seca. A indústria da sede e da fome.



Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda região nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas. Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).
A seca, além de ser um problema climático, é uma situação que gera dificuldades sociais para as pessoas que habitam a região. Com a falta de água, torna-se difícil o desenvolvimento da agricultura e a criação de animais. Desta forma, a seca provoca a falta de recursos econômicos, gerando fome e miséria no sertão nordestino. Muitas vezes, as pessoas precisam andar durante horas, sob Sol e calor forte, para pegar água, muitas vezes suja e contaminada. Com uma alimentação precária e consumo de água de péssima qualidade, os habitantes do sertão nordestino acabam vítimas de muitas doenças.
O desemprego nesta região também é muito elevado, provocando o êxodo rural (saída das pessoas do campo em direção as cidades). Muitas habitantes fogem da seca em busca de melhores condições de vida nas cidades.
Estas regiões ficam na dependência de ações públicas assistencialistas que nem sempre funcionam e, mesmo quando funcionam, não gera condições para um desenvolvimento sustentável da região. Algumas ações podem amenizar estes problemas.
- Construções de cisternas, açudes e barragens;
- Investimentos em infra-estrutura na região;
- Distribuição de água através de carros-pipa em épocas de estiagem (situações de emergência);
- Implantação de um sistema de desenvolvimento sustentável na região, para que as pessoas não necessitem sempre de ações assistencialistas do governo;
- Incentivo público à agricultura adaptada ao clima e solo da região, com sistemas de irrigação.
A transposição do rio São Francisco é um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do rio para regiões semi-áridas do Nordeste. Desta forma, diminuiria o impacto da seca sobre a sofrida população residente, pois facilitaria o desenvolvimento da agricultura na região.
Esta seca que estamos passando no momento é uma das maiores dos últimos 50 anos. Não são apenas imagens românticas que emocionam as pessoas.
Como pode ser desta forma? Meus bisavos viveram esta situação, meus avos viveram, meus pais viveram, eu vivi, meus filhos estão vivendo.
Estamos num mundo onde tudo pode ser solucionado, seca não, mas falta d’água sim. Como podemos deixar esta situação chegar a este ponte? Onde estão as políticas sociais? Os investimentos? Ainda estamos vivendo o coronelismo? A industria da seca ainda impera no nordeste brasileiro?
Não é possível continuar num sofrimento como esse. É a maior estiagem dos últimos 50 anos. Tenho andado e vejo o desespero de tantas famílias e com dinheiro disponível e enfrentamos um caminho longo, a lentidão de alguns setores governamentais.
As respostas estão nestas imagem abaixo:

















































Dilma e governadores do Nordeste discutem sobre a seca.



A Governadora do Rio Grande do Rio Grande do Norte, se antecipou a reunião e se reunião com Dilma. 

Imagem da Internet
assim como a Governadora do Rio Grande do Norte, outros governadores também pediram uma audiência particular com a Presidenta.

A seca na região Nordeste será discutida hoje, sexta-feira (9) entre a presidenta Dilma Rousseff e governadores da região na reunião da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), em Salvador. A previsão é que sejam assinados convênios para obras de prevenção à seca, de acordo com o governador da Bahia, Jaques Wagner, que se reuniu no dia 06 deste, com a presidenta.

“Seguramente todos os governadores vão falar de mais verbas para a seca e creio que todos falarão da situação financeira apertada dos estados, com perda de receita. Acredito que ela vai lá até para ter essa conversa mais direcionada com os governadores sobre a seca”, disse o governador.

Na segunda-feira, dia 5, a presidenta Dilma anunciou a prorrogação por mais dois meses do pagamento do Bolsa Estiagem em razão da seca prolongada na Região Nordeste e no norte de Minas Gerais. Cada família beneficiada pelo programa vai receber mais duas parcelas de R$ 80, totalizando um custeio de R$ 560 e não mais R$ 400.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Prefeita de Natal usou verba para fim pessoal, diz Promotoria



Afastada da Prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV) desviou dinheiro público para pagar despesas pessoais, aponta o Ministério Público.

Imagem da internet
Os recursos, segundo a Promotoria, bancavam compras de supermercado, joias, fotógrafo e funcionários da casa da prefeita afastada.
As suspeitas vieram a público após a Justiça do Estado derrubar nesta semana o sigilo do processo que resultou no afastamento de Micarla, no último dia 31.
A Promotoria aponta a existência de uma "rede de corrupção" na prefeitura, alimentada com recursos de contratações direcionadas na saúde e na educação. Apenas na saúde, os contratos suspeitos somam R$ 65 milhões.
Com base em documentos e em dados telefônicos e fiscais, o Ministério Público afirma que servidores do primeiro escalão da prefeitura agiam como tesoureiros pessoais de Micarla e do marido, Miguel Weber.
Há registros de contatos entre gerentes de banco e esses servidores, em conversas sobre as finanças da prefeita afastada. Em uma delas, de junho de 2011, uma gerente informa que a conta de Micarla devia R$ 30,7 mil.
No mês seguinte, em troca de mensagens, o servidor --coordenador financeiro da Saúde municipal-- informa à prefeita afastada que o saldo devedor é de R$ 27,5 mil e que cartões estavam bloqueados. Micarla responde: "Quanto posso usar do cartão?"
Com o ex-secretário de Planejamento, a Promotoria localizou documentos pessoais de Micarla, como o carnê do IPTU e manuscrito com dados de compras de roupas.
Para a Promotoria, os gastos de Micarla são incompatíveis com a renda. Planilhas apreendidas indicavam, por exemplo, despesa mensal em torno de R$ 180 mil em 2011, ante uma renda declarada de R$ 338 mil em todo o ano.